É um problema antigo, e pelo visto, nada mudou se compararmos há 10 anos atrás. A falta de interesse do governo, falta de educação de alguns estudantes e os baixos salários vêm afastando periodicamente os professores das salas de aula. Muitos buscam outros empregos, e quando conseguem, abandonam o ambiente escolar para sempre.
Na justificativa, alegam exatamente isso: baixos salários, falta de interesse do governo com a categoria, falta de respeito de estudantes e até mesmo da sociedade, altas cargas horárias, responsabilidade única em relação ao rendimento de alunos, e etc. “É muita pressão e pouco reconhecimento. É muito trabalho e pouco o salário. Não aguentamos mais, tá cada vez mais difícil ser professor”- diz Rogério Caldeira, professor de história que abandonou a profissão, e hoje trabalha como designer gráfico.
O futuro do Brasil é incerto quando falamos em educação. Quantos professores ainda vão desistir da profissão até 2030? E quantos se tornarão professores até 2030? O saldo será negativo ou positivo? Ao que tudo indica, será bem negativo, e isso torna a questão extremamente preocupante.
E se isso de fato ocorrer em um futuro próximo, o que fará o Ministério da Educação para estimular a formação de mais profissionais na área? O que farão as Universidades, que oferecem cursos de licenciaturas? Será mesmo que precisamos de um cenário caótico para observarmos mudanças significativas? Estamos no Brasil, logo a resposta é óbvia: sim!
Triste ver a educação brasileira se afundando aos poucos. Isso é a típica característica de um país que não irá se desenvolver nunca. Mas vamos manter a esperança, todavia, sempre com o questionamento na mente. Como dizia Renato Russo: “Que país é esse?”