dom. dez 22nd, 2024

Moradores de Marsilac fecham ruas em protesto contra falta de energia

São Paulo, 15 de outubro de 2024 – Em Marsilac, um bairro remoto no extremo sul de São Paulo, moradores se uniram para protestar contra a falta de energia que já dura quatro dias. Na terça-feira, 15 de outubro, eles fecharam a Estrada de Engenheiro Marsilac, na altura do km 47, com pneus e entulhos, exigindo uma solução imediata. Desafios Diários Evelize Elias, uma das moradoras, explicou que a energia foi cortada na sexta-feira passada, afetando gravemente a rotina local. “Só vamos sair daqui quando a energia voltar. Queremos energia,” afirmou ela, ressaltando a exaustão e a frustração de enfrentar dias sem eletricidade. Além da falta de energia, o fornecimento de água também foi interrompido, agravando ainda mais a situação. Impacto na Comunidade A comunidade tem sido duramente afetada. Crianças e idosos são os mais prejudicados pela falta de energia, que comprometeu o armazenamento de alimentos e medicamentos. “Ninguém vem ajudar a gente aqui. Falam que a prioridade é o centro. A gente é bicho? Ninguém faz nada. A gente tem que ficar com os nossos filhos sem tomar banho, sem fazer uma comida,” desabafou Cristiele Monteiro. Respostas das Autoridades Até o momento, a concessionária de energia não se pronunciou sobre o ocorrido, deixando os moradores sem previsão para o restabelecimento do serviço. As autoridades locais também não forneceram uma resposta clara, o que tem aumentado a tensão entre os moradores que sentem que foram esquecidos pelas autoridades. Histórico de Problemas Essa não é a primeira vez que Marsilac enfrenta problemas com o fornecimento de energia. Historicamente, o bairro tem sofrido com interrupções frequentes e prolongadas, o que tem levado a comunidade a constantes reclamações e protestos. “Estamos cansados de sermos tratados como cidadãos de segunda classe,” disse Evelize Elias. “Queremos ser ouvidos e respeitados.” Apoio da Comunidade Apesar dos desafios, a solidariedade entre os moradores tem sido um ponto forte. Vizinhos têm se ajudado mutuamente, compartilhando água e alimentos, e se revezando para manter o bloqueio na estrada. “Estamos unidos, e juntos somos mais fortes,” concluiu Cristiele Monteiro.