Estamos em um mês que é muito vantajoso para muitos brasileiros e brasileiras: o mês do Carnaval. Quem tem o espírito de empreendedor, consegue aproveitar bem esse período ganhando muito dinheiro com vendas, eventos e situações nas quais o Carnaval é o coadjuvante. Contudo, é importante também lembrar de ações de conscientização, especialmente aos jovens. O Carnaval é um período de muita folia, festas e curtição, e por conta disso, muitas pessoas que não tem um conhecimento adequado, acabam contraindo as chamadas “dsts” (doenças sexualmente transmissíveis). Os jovens estão no topo dessa lista e por esse motivo, são o público alvo principal nessas ações.
O que causa as dsts são relações sexuais sem preservativo, e embora a maioria das pessoas saibam disso, muitas ignoram esse fato e acabam assumindo o risco de pegar alguma doença. No Carnaval, não tem motivo para não utilizar as “camisinhas” durante relações sexuais, visto que em vários blocos pela cidade, sejam oficiais ou não, a prefeitura distribui gratuitamente o preservativo masculino, de forma a evitar e diminuir o número de pessoas contraindo essas doenças, e também o número de gravidez indesejáveis.
Muitos jovens acreditavam que o vírus HIV ficou no passado, nos anos 80 e 90, mas se enganam quem pense dessa forma. Nos dias atuais, é totalmente possível uma pessoa viver bem com o vírus HIV, devido aos tratamentos que evoluíram com o passar do tempo. No entanto, não é nada recomendável que uma pessoa corra o risco de se contaminar com essa aberração, visto que o preservativo consegue evitar até esse vírus que já matou muitas pessoas um tempo atrás.
“Não tem vacina, mas tem camisinha”- disse o Dr Eduardo Barcelos, professor de medicina da USP e infectologista. Segundo ele próprio, a indústria de preservativos masculinos possuem uma variedade muito grande de produtos, os quais possuem diferentes materiais, levando em consideração a alergia que algumas pessoas podem ter e o incômodo que podem causar. “Quem vê cara, não vê dst e os jovens precisam colocar isso na cabeça deles. Uma vez eu consultei uma menina linda, com o corpo “malhado” da academia, cabelos longos e rosto encantador. Mas os exames não mentem e ela estava com o vírus HIV”- disse o especialista reforçando a ideia mais uma vez.
Além disso, ainda há o risco de uma gravidez indesejável. O médico entrou nesse detalhe na entrevista também, dizendo alguns fatos relevantes e atuais, que devem ser levados em consideração e que servem até para adultos e pessoas mais experientes. “Uma camisinha pode ser encontrada de graça no posto de saúde. Se você for na farmácia, encontra a 3 reais a unidade. Já um pacote de fraldas, tamanho m, as vezes passa de 100 reais, e isso sem contar leite, chupeta, roupas de recém nascido, berço, etc. É muito mais barato se prevenir do que ter uma criança, em um momento de tanta crise financeira. É maravilhoso ter filhos, eu por exemplo tenho dois, um casal. Entretanto, são planejamentos que devem ser pensados diversas vezes, pois é caro ter uma criança. É comparável ao planejamento de comprar uma casa, ou financiar um carro…”- completou o médico.
Fica evidente, depois de toda essa conversa franca, que tudo na vida deve ser pensado e calculado. Para os jovens, é muito melhor ouvir uma pessoa com experiência do que achar que “sabem tudo”. A vida é muito “dura” para aqueles que não tem responsabilidade e vivem como se fosse o último dia de vida. Na maioria dos casos, não é o último dia, e as consequências aparecem da forma mais rigorosa possível. Tenham consciência, no Carnaval e no resto do ano. Curtam essa fase, mas com responsabilidade e cuidado.